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O ceratocone, por ser uma condição ocular complexa, tem despertado desde sempre muito interesse para pesquisas e estudos no universo médico científico. Esse interesse tem, por sua vez, permitido que os tratamentos para a doença evoluam constantemente, com diferentes abordagens, técnicas, além de outros avanços, que oferecem novas perspectivas de melhoras, além de resultados mais eficientes para os procedimentos mais tradicionais.
Essas inovações têm oferecido mais esperança e possibilidades de melhora da qualidade de vida para todos os pacientes.
No conteúdo de hoje vamos conversar sobre os principais avanços que vem revolucionando os tratamentos para o ceratocone, mostrando os resultados animadores que cada nova abordagem apresenta para a comunidade médica e para os pacientes.
Uma boa leitura.
O ceratocone é uma anomalia ocular que foi descoberta séculos atrás, mais precisamente em 1736, quando o primeiro paciente foi descrito na comunidade médica.
Atualmente ele acomete cerca de 150 mil brasileiros por ano, ocorrendo sobretudo por fatores alérgicos e genéticos, se manifestando, principalmente, até os 35 anos de idade.
Podemos defini-la, de uma forma mais simples, como sendo a deformação da córnea, que assume o formato de cone, dando jus ao seu nome.
Essa distorção leva a pessoa a ficar com a visão embaçada e distorcida, necessitando assim de tratamento oftalmológico para que estes incômodos cessem ou ao menos diminuam.
É preciso saber que até os dias atuais a medicina ainda não cravou com exatidão os fatores mais decisivos que levam um paciente a este estado, levando a comunidade médica a continuar estudando e pesquisando esta doença ocular.
Estas pesquisas têm proporcionado, entretanto, o surgimento de inovações no tratamento do ceratocone, com resultados positivos, e que veremos a partir de agora.
Mesmo não sabendo exatamente o fator decisivo para a aparição do ceratocone, temos fatores de riscos diversos que podem ser associados com a doença.
Entre estes fatores se encontra a genética, a idade, alergias oculares, síndrome de Down, histórico de cirurgias oculares, fricção ocular excessiva, prurido, condições associadas e casamentos consanguíneos.
Novos e mais modernos recursos médicos têm sido utilizados para auxiliar a recuperação da visão dos pacientes, devolvendo qualidade de vida para eles, na grande maioria dos casos.
Dentre estes novos recursos podemos citar o Crosslinking de Colágeno Corneano (CXL).
No Crosslinking é aplicada uma combinação de riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta na córnea, fortalecendo suas fibras de colágeno e assim, gerando como resultado, a estabilização da progressão do ceratocone.
Há uma versão para este tratamento, que reduz o tempo de duração do procedimento, proporcionando uma recuperação ainda mais rápida e eficiente, que é o fast crosslink ou crosslink acelerado. O fast crosslink veio minimizar as complicações do crosslink tradicional, que são o haze, afinamento corneano, comas, aplanamento e hipermetropias progressivas.
Hoje muitas pesquisas estão sendo feitas usando a Riboflavina oral e a luz solar, com o mesmo intuito de “crosslinkar” a córnea. O Provisão foi um dos pioneiros nesta pesquisa e temos um capítulo publicado no livro Keratoconus e um trabalho em andamento para publicação na revista RBO sobre este assunto.
O Crosslinking ganhou mais popularidade enquanto tratamento de ceratocone a partir do ano de 2019, porém existem estudos sobre a sua efetividade desde 2009, uma década antes. Nosso hospital ganhou 1º prêmio de vídeo em córnea no Brascrs com resultados de crosslink, em Goiânia em 2008, portanto fomos pioneiros nessa técnica no Brasil.
Como vantagens podemos dizer que o tratamento é minimamente invasivo, relativamente rápido e com uma recuperação de repitelização de córnea em 5 a 7 dias e melhora do embaçamento visual aproximadamente após 30 dias.
Como desvantagens, podemos relatar um desconforto ou dor temporária que alguns pacientes relatam possuir durante e depois do procedimento, geralmente bem minimizados com analgésicos. Outra desvantagem é que o crosslink é considerado um excelente tratamento para impedir a progressão do ceratocone mas não consegue melhoras significativas na visão dos pacientes submetidos a esta técnica. Sua finalidade é estabilizar a progressão da doença.
As lentes de contato esclerais vem sendo estudadas há bastante tempo, com avanços significativos em sua tecnologia ao longo das últimas décadas.
Elas têm se mostrado uma opção bem eficiente para correção da visão em pacientes com ceratocone, ou qualquer astigmatismo irregular, por serem projetadas para se adaptarem à forma irregular da córnea, proporcionando uma superfície lisa e regular para a passagem da luz.
Se este tratamento é antigo, podemos dizer que a grande inovação que esta técnica vem apresentando nos últimos anos é a possibilidade de personalização dessas lentes, utilizando tecnologias avançadas de mapeamento da córnea, como a topografia e a tomografia corneana.
Esta novidade no campo da medicina ocular tem permitido a criação de lentes de contato esclerais muito mais precisas e confortáveis, melhorando significativamente a qualidade visual dos pacientes.
É preciso destacar ainda que as lentes esclerais não produzem como resultado a regressão do ceratocone, nem evita a progressão da doença , mas sim, possibilitam um maior conforto para quem sofre dessa deformação ocular ao corrigir o erro de refração. Substitui a lente de contato rígida com mais conforto. Sua desvantagem é seu alto preço, porém tem uma alta taxa de sucesso em sua adaptação, por ser mais confortável e promove melhora também no olho seco, diminuindo o prurido.
Os anéis intracorneanos são próteses biocompatíveis que tem como objetivo deixar a córnea mais plana.
Sua técnica também data de décadas, mas que foi evoluindo com o passar do tempo e hoje se apresenta como uma opção cirúrgica que busca remodelar a córnea e corrigir as falhas oculares associadas ao ceratocone.
Os anéis são colocados na região estromal da córnea para corrigir o formato de cone, deixando a córnea no formato mais próximo do natural possível.
Nos últimos anos foram surgindo avanços nos materiais e nas técnicas de implantação, que melhoraram ainda mais a eficácia e a segurança deste tratamento.
Sua grande vantagem é que além de postergar a doença, o procedimento diminui muito a miopia e o astigmatismo, o que melhora significativamente a acuidade visual e consequentemente também a qualidade de vida dos pacientes.
Para implantação do anel existem duas técnicas: a manual e a assistida pelo laser de femtosegundo. Se bem executada, na profundidade da implantação e no cálculo de qual anel implantar, as 2 cirurgias dão resultados semelhantes. Porém, o laser é mais preciso na profundidade e na centralização dos segmentos de anéis e, assim, temos evitado em muito as extrusões de anéis.
Dra Edna Almodin faz parte da história do anel, trabalhando ao lado do Dr. Paulo Ferrara (criador do anel de Ferrara) desde seu 1º curso e nas suas evoluções. Assim como também ao lado da Adapt com laser de femtosegundo, como uma das pioneiras com esta máquina no Brasil.
Com a chegada do laser, a implantação do anel progrediu e hoje é implantado em 60 países.
Técnicas mais avançadas de cirurgia refrativa, como o PRK e o LASIK assistido por femtosegundo, estão sendo adaptados para atenderem pacientes com ceratocone, sobretudo em casos leves e moderados.
Essas abordagens inovadoras buscam suavizar a córnea irregular, melhorar a visão e, em alguns casos, reduzir a dependência de lentes corretivas. Isto ainda é uma técnica muito controvertida e a maioria dos médicos ainda contra indicam devido a diminuição da espessura corneana, o que fragiliza ainda mais a córnea. Porém alguns médicos utilizam em ceratocones iniciais para melhorar acuidade visual
O transplante de córnea continua sendo a última opção de tratamento para o ceratocone e só é utilizado em casos mais graves e quando as outras opções disponíveis não foram efetivas.
Isso por ser um procedimento cirúrgico mais invasivo, oferecendo mais riscos, por consequência.
As tecnologias envolvendo o transplante de córnea avançaram bastante com o passar do tempo, e hoje existem duas opções de transplante: o transplante penetrante e o transplante lamelar.
Avanços em tecnologias de imagem e técnicas cirúrgicas estão melhorando a precisão e a segurança dos transplantes de córnea.
Estes são os principais avanços tecnológicos no campo da oftalmologia associada ao tratamento de ceratocone.
Vimos uma série de novas abordagens técnicas que estão melhorando muito a qualidade de vida de pacientes que possuem a doença.
Para que esta jornada seja bem sucedida, é imprescindível que você conte com uma equipe médica capacitada e confiável.
Aqui no Hospital Provisão, nossa equipe de especialistas está empenhada em cuidar da saúde dos olhos, visando o bem-estar e qualidade de vida, para que cada pessoa possa desfrutar o melhor que a visão tem a oferecer. Venha nos conhecer!