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Enxergar bem e poder presenciar todas as cores e belezas que o mundo nos apresenta é uma dádiva, não é verdade? Infelizmente para muitas pessoas essas experiências são prejudicadas por conta de alguma doença que acaba atingindo a córnea, tornando a visão embaçada ou deixando o paciente cego. Em muitos casos somente um transplante de córnea pode recuperar a visão, proporcionando mais saúde e qualidade de vida aos necessitados.
Neste conteúdo vamos conhecer mais detalhadamente o procedimento que permite o transplante de córnea. Vamos entender os passos que levam alguém a ter que realizar o transplante e vamos conhecer todos os riscos que esta cirurgia oferece. Estão prontos?
Você talvez esteja se perguntando o que é a córnea, correto? Ela é uma membrana transparente que fica à frente no globo ocular, como se fosse a tampa de um relógio, e a nitidez da nossa visão depende do seu perfeito funcionamento.
Ela é uma porta de entrada para a luz, que será primeiro refratada por ela. Após atravessar a córnea, a imagem passa pela íris e pela pupila, para chegar ao seu destino final que é a retina.
A grande função da córnea é seu poder de refração e de proteger as estruturas internas do olho, por isso é muito importante que ela esteja saudável para que possamos enxergar com nitidez.
Só que por diversos fatores, ela acaba sofrendo alterações que podem limitar nossa visão ou até mesmo suprimir toda nossa capacidade de enxergar o mundo de forma correta. Quando isso ocorre, existe a possibilidade do médico oftalmologista sugerir o transplante de córnea.
O transplante é uma cirurgia onde substitui-se a córnea doente por uma saudável, vinda de um doador. O procedimento é indolor e hoje em dia não necessita de internação hospitalar.
Existem vários tipos de transplantes com as possibilidades de troca de todas camadas corneanas ou apenas de camadas parciais da córnea. Isto depende de onde está o acometimento da patologia, se é no estroma médio, na camada anterior ou na camada posterior da córnea. Por isso, existe a possibilidade de se trocar todas as camadas (transplante penetrante), ou a camada anterior (transplante lamelar anterior ou Dalk) e da camada posterior corneana (transplante endotelial).
A cirurgia de transplante de córnea avançou bastante ao longo das décadas, resultado do avanço da própria medicina e das novas tecnologias. Ainda assim, ela é muito complexa e só indicada quando não há nenhuma outra opção terapêutica viável.
O primeiro passo para realizar o transplante de córnea é definir quando ele se faz necessário, e somente um oftalmologista será capaz de decidir isso.
A cirurgia em si demora cerca de uma hora, e a equipe de médicos utiliza na maioria dos casos, anestesia local acompanhada de sedação. Alguns pacientes fogem à regra, e necessitam anestesia geral, como crianças com cone muito avançado, já com estrias centrais, ou pacientes com síndrome de Down (frequentemente associados a ceratocone).
A maneira como se executa o procedimento do transplante varia de acordo com sua necessidade e são três as modalidades para sua realização:
Neste tipo todas as camadas da córnea são retiradas e transplantadas;
Somente as camadas mais externas são trocadas e implantadas;
Essa cirurgia consiste no processo de substituição somente da camada mais interna da córnea.
Em todos os casos , o procedimento é feito sob microscópio cirúrgico, e a utilização de instrumental específico para cada caso.
O paciente normalmente leva 16 pontos na cirurgia penetrante e no lamelar anterior, mas no endotelial não se faz sutura, portanto não temos que dar pontos. Esta é uma das vantagens do transplante endotelial em relação ao penetrante. Se não existe sutura, não geramos altos astigmatismos e não há controle topográfico mensal para retirada de pontos.
Antes do transplante você será submetido a um exame oftalmológico completo, para entender exatamente todos os detalhes sobre o quadro. Também haverá uma orientação pelo profissional responsável sobre a cirurgia, os riscos e o resultado que se pode esperar.
Com a cirurgia realizada, há necessidade de um pós-operatório muito bem definido e respeitado pelo paciente. E por que isso é necessário?
Bem, enquanto em outros transplantes, como coração, rins, fígado, o pós-operatório é feito à base de muitas medicações, para evitar que o órgão rejeite o novo corpo, no transplante de córnea ele é feito basicamente e quase sempre com o uso de corticóide.
E como o protocolo de pós-operatório é feito com o uso de colírios, se não houver disciplina, haverá falhas e elas causarão efeitos muito graves para o paciente transplantado.
Assim, o paciente não pode se descuidar em momento algum, já que ele depende do uso de medicação, entre estas, o uso de corticóide, para prevenir rejeição, mas que pode provocar catarata ou glaucoma, no pós-operatório.
Por isso é recomendado nas primeiras semanas repouso físico e o resguardo do paciente, para que não haja chances de acontecer algum acidente.
Outra necessidade no pós-cirurgia de córnea é o retorno ao oftalmologista assim que possível, para inclusive se certificar que o corpo não rejeitou aquela nova córnea transplantada.
Por se tratar de uma cirurgia, existem riscos como em qualquer outra. Por ser um transplante, é um procedimento mais complexo e é preciso que todos os pacientes tenham conhecimento dos prós e contras antes de realizar a cirurgia.
É essencial que no primeiro ano do novo órgão, o paciente monitore, junto com o seu oftalmologista, todos os passos dados pós-cirurgia. Isso é necessário porque o resultado final do transplante só aparece de fato a partir de um ano após a realização da cirurgia.
O risco de rejeição existe, e pode ser apresentado em qualquer momento da vida depois da cirurgia. Mas, os riscos são pequenos, e no geral a cirurgia é bem-sucedida e com um bom pós-operatório o paciente volta a ter qualidade de vida.
Porém, dentre os riscos, pode acontecer:
● Infecção ocular;
● Aumento do risco de catarata;
● Edema da córnea;
● Aumento do risco de glaucoma;
● Rejeição da córnea doadora;
● Astigmatismos altos ou irregulares;
● Falência corneana precoce;
● Falência corneana tardia (um transplante dura em média 20 anos).
Hoje conhecemos muito sobre o transplante de córnea, uma cirurgia complexa, mas que tem bons resultados, principalmente se o paciente seguir à risca todas as orientações do oftalmologista.
Muitas vezes, a cirurgia acaba sendo a única alternativa para um paciente voltar a enxergar de forma saudável, melhorando a qualidade de vida, afinal de contas, não conseguir enxergar é uma das condições mais frustrantes para nós, seres humanos.
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