Estou com sensibilidade à luz, o que pode ser? Tem tratamento?

Sempre que falamos de saúde, o pensamento é o mesmo: é preciso ter cuidado com cada parte do nosso corpo e estar atento a qualquer mudança sentida. Entretanto, alguns órgãos acabam merecendo maior cuidado e um destes são os olhos, que além de frágeis, ficam bastante expostos. Por isso, se você percebeu algum sinal de que a sua visão não está saudável, busque logo o seu oftalmologista. 

Neste conteúdo, conversaremos especificamente sobre sensibilidade à luz. Vamos entender tudo que pode estar acontecendo com seus olhos para que você apresente este sintoma.

Conheceremos mais a fundo a fotofobia, condição que leva as pessoas a terem maior incômodo com a luz, e entender que esta condição pode ser sintoma de alguma doença ocular.

Veremos também todos os possíveis tratamentos, que passam, é claro, por uma consulta oftalmológica inicial. Vamos começar?

Entendendo a fotofobia   

Este cenário não é incomum: você está passando por um local que apresenta alguma luz muito forte, como o sol ou outra iluminação, e a sua visão acaba sentindo algum tipo de incômodo. 

Casos assim acontecem constantemente e seus olhos acabam reagindo de forma natural a alta incidência de luz, não sendo necessário tanta preocupação.

Porém há casos em que nossos olhos acabam reagindo em excesso a toda e qualquer exposição à luz, mesmo que baixa.

Este quadro é chamado de fotofobia, que é a alta sensibilidade à luz, que gera desconforto, dor e que pode ocorrer até mesmo em locais com pouca luz.

Sintomas da fotofobia

Parece fácil detectar a fotofobia, e em certa medida é mesmo, ou pelo menos entender que você possui um problema ocular. 

Normalmente a alta sensibilidade à luz pode trazer como sintomas uma hiperemia (vermelhidão) nos olhos, visão embaçada, ardor e inchaço, dores de cabeça, ou tentativas de fechar os olhos completamente ou parcialmente sempre que estiver exposto à claridade.

Em cada um destes casos é importante ligar o sinal de alerta e já agendar uma visita ao oftalmologista.

O que causa a fotofobia? 

São variadas as causas da alta sensibilidade à luz, e é preciso uma consulta oftalmológica para que o médico avalie a sua situação e entenda exatamente o que pode estar acontecendo com os seus olhos.

Podemos afirmar que boa parte dos casos são consequência da coloração dos olhos da pessoa. Quem tem olhos claros acaba sendo mais suscetível a ter fotofobia, já que seus olhos apresentam menos pigmentação, e nestes casos, há menos capacidade de absorver luz. 

Pessoas com astigmatismo, problemas oculares, como infecções ou olho seco, tendem a apresentar maior sensibilidade à luz e também podem desencadear em fotofobia.

Uma gripe ou enxaqueca também pode ser causa de situações pontuais de alta sensibilidade à luz.

Percebeu como somente uma consulta com o oftalmologista pode diagnosticar o quadro de fotofobia com exatidão?

A fotofobia pode ser um sintoma de doenças oculares?

Esta é uma pergunta bastante comum e a resposta é sim! 

O quadro de alta sensibilidade à luz pode ser também sintoma de alguma doença ocular, e em cada um destes casos específicos há tratamentos para melhora ou cura.

Assim, a alta sensibilidade dos olhos com a luz pode ser um sinal de problemas como:

• Conjuntivite:

A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, estrutura que recobre grande parte da superfície ocular. Essa inflamação obviamente deixa a visão com bastante sensibilidade e irritação com a luz, gerando a fotofobia.

• Glaucoma:

O glaucoma se apresenta, em grande parte dos casos, a partir do aumento da pressão intraocular, gerando a perda de células do nervo óptico, e prejudicando bastante a visão. Esse quadro pode vir associado a uma alta sensibilidade à luz.

• Ceratites:

Ceratites ou traumas corneanos causam  inflamações que ocorrem na córnea, fazendo que as suas terminações nervosas fiquem expostas e mais sensíveis, gerando assim a fotofobia.

• Catarata:

A catarata tem sido uma das doenças mais comuns que afetam os nossos olhos, e não  é uma doença,  mas sim um processo degenerativo ocular e que torna o cristalino opaco , deixando a visão embaçada. Na maior parte das vezes é consequência do próprio processo de envelhecimento. Um dos sinais da catarata é a sensibilidade à luz.

• Uveíte:

Uveítes são inflamações intraoculares que podem ser originadas de inflamações autoimunes ou infecciosas. A fotofobia é um dos sintomas mais importantes de portadores de uveíte.

A fotofobia tem tratamento?

Agora que você já conhece a fotofobia e sabe que ela pode ser uma condição para várias doenças oculares, vai entender melhor que não há tratamento específico para este quadro, já que ele pode ter várias causas e ser sintomas de diversos outros problemas dos olhos.

O médico oftalmologista vai conseguir, a partir de exames, detectar a melhor forma de diminuir os sintomas e nesse caso, poder estabelecer o tratamento da causa primária ou uso de óculos escuros, sempre com proteção aos raios UV em ambientes externos, ou sugerir evitar espaços com muita luminosidade.

Se a fotofobia for consequência de um quadro de gripe ou enxaqueca, por exemplo, o seu tratamento se dará a partir do quadro que está gerando.

O mesmo vale para doenças como catarata ou glaucoma. O tratamento será para estas doenças especificamente.

Conclusão

Se você sentiu algum desconforto nos olhos e está com alguma dificuldade para enxergar, não pense duas vezes e marque uma consulta com um oftalmologista.

Somente ele poderá entender as causas de seu incômodo e começar o tratamento adequado para que esse quadro seja resolvido, ou de uma vez por todas, ou de forma parcial, eliminando, ao menos, grande parte da irritação ou dor.

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